História

Merelim (S. Paio)

O primeiro documento sobre Merelim data de 1082 e diz "In Ripe Kataro in Villa Merlin". No censual (do Couto) de Braga lê-se que em 1082 Pedro Galindes vende ao Bispo D. Pedro parte do que possui em Merlin. O vendedor recebeu os seus bens herdados de Galindes Gonçalves. Este herdara dos seus avós. Assim pode-se concluir que mesmo antes de 1082 a «Villa de Merlin» já existia.

 

O nome "Villa" era dado a grandes extensões agrárias pertenças de um só Senhor, o nome de Merlin deriva do nome desse Senhor. Diz a lenda que Merlin era um cavaleiro importante homem que se distinguiu pelo seu valor, tanto guerreiro como em cavalheirismo e que foi companheiro do Rei Artur de Bretanha. Assim o dito Senhor baptizou esta Terra com o seu próprio nome. Foi no século X que lentamente se começaram a formar as Freguesias no Norte de Portugal. Assim, é apenas em 1220 que aparece a designação de São Paio de Merelim. Lê-se nas inquirições de D. Afonso II o seguinte: "De Saneto Pelágio de Merlin de Couto de Tibães". Encontramos duas designações novas: São Paio e Couto de Tibães. Pois bem, São Paio é o padroeiro mártir natural de Tui, em Espanha, que foi martirizado com 13 anos de idade no ano de 925 por ordem do Califa de Córdova. A sua fama de mártir expandiu-se e a população de Merelim tornou-o seu padroeiro. Os Couto de Tibães eram as diversas povoações que os Monges do Mosteiro de Tibães dominavam. Conclui-se portanto que a Freguesia de S. Paio de Merelim existia no ano de 1220 e era formada por 22 casas.

 

 

Um documento de 1320 dá-nos conta do potencial económico da Freguesia nessa altura pois na avaliação da Igreja de S. Paio de Merelim rendia 40 Libras. Diz o Documento: «Eclisiar Sanoti Pelagii de Merlin ad Ouadragenta Libra». Igualmente como marco económico aparece-nos no censual de Braga do século XI que São Paio de Merelim devia pagar à Sé de Braga o tributo anual de um moio.

 

Marco importante na Freguesia que relembra o domínio Romano é uma estrada, hoje transformada em pedaços de caminho, denominado "Estrada Real N.º 27" e que ligava Braga a Santiago de Compostela, em Espanha. A primeira ermida em Merlin data do ano de 500 d. C. que após várias remodelações ao longo dos anos terminou na actual construída em 1712. A primeira escola data de 1878, era particular e foi mandada construir pelo benemérito José António Fernandes Braga. Em 1968 foi construída nova escola, tendo o anterior edifício sido aproveitado pelos Órgãos Autárquicos para lá instalar a sede da Junta de Freguesia.

 

A freguesia não evoluiu muito durante o período do Fascismo, aliás como aconteceu com todo o território Nacional. Algumas coisas foram feitas, tais como, pavimentações e electrificação, sendo que, a grande explosão de crescimento e obras surge a partir de 1980.


Panoias

Panóias foi uma freguesia portuguesa do concelho de Braga, com 1,33 km² de área e 1 663 habitantes (2011). Densidade: 1 250,4 hab/km².

 

Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Merelim São Paio e Parada de Tibães, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Merelim São Paio, Panóias e Parada de Tibães, com sede em São Paio de Merelim.

 

 

Panóias é atravessada por uma ribeira, denominada de ribeira de Panóias, que foi desviada pelos jesuítas em fins do século XVI e princípios do século XVII.

 

A freguesia também tinha uma espécie de Câmara Municipal, que se localizava no lugar de Sobrado, com o papel de administrar as freguesias do Concelho de Braga.

 

Panóias e outras freguesias pertenciam ao couto de Tibães, tendo sido uma freguesia importantíssima no Couto de Tibães no século XVI, devido à forte atividade agricultura.

 

Esta contava com moinhos junto ao rio e azenhas para produzir o azeite, a farinha e mesmo acionamento de um engenho de serra. As terras eram férteis uma vez que tinham o rio perto, para se poder irrigar os campos.

 

Património

 

O principal património de Panóias é a Casa da Mainha, a antiga capela do Couto, que por sua vez deixou de existir, os moinhos, o cruzeiro e a igreja de Panóias.

 

 

A ribeira de Panóias, antigamente, era alvo de pesca pois com a sua água límpida e transparente foi possível a criação de algumas espécies de peixes. Por ser um rio, à cerca de trinta anos, extremamente limpo, as senhoras iam lavar a sua roupa, tomavam banho e os animais iam lá beber, pois era água corrente e desprovida de bactérias que pudessem afetar a saúde. Atualmente, esta encontra-se imprópria a banhos e impensável para consumo, uma vez que, as suas águas se encontram extremamente poluídas.

 

Nesta pequena localidade foi reconstruído o campo de futebol que inicialmente era em areia e agora encontra-se em relvado sintético, sendo também remodelado o ringue que agora tem novas marcações, por exemplo, para o jogo de ténis. Panóias possui uma escola primária e uma escola básica que tem cerca de dez anos.

 

Esta pequena povoação do concelho de Braga, sofreu pela primeira vez no ano de 2011, um desastre causado pela natureza, as cheias. Os muros dos campos foram derrubados, o cultivo de muitos agricultores ficou afetado, interiores de casas foram destruídos. Tudo isto causou um enorme prejuízo, todavia não houve feridos.


Parada de Tibães

A quatro quilómetros da sede do concelho, Parada de Tibães situa-se na sua parte noroeste.

 

 

Confina com Panóias, Mire de Tibães, Padim da Graça, Cabreiros, Semelhe e Frossos. Em termos históricos, a antiga freguesia de S. Paio de Parada era uma vigararia da apresentação de uma colegiada da Sé de Braga, no couto de Tibães. Chegou a estar anexa à freguesia de Semelhe, mas acabou por conseguir a independência administrativa na segunda metade do século XIX.

 

O nome da freguesia, se por um lado pode ser explicada pela sua presença em relação a Tibães, em relação a Parada terá uma explicação histórica. Antigamente, existia em Portugal o foro da parada. Através deste, os vassalos, enfiteutas ou colonos, e mesmo os párocos rurais e mosteiros, eram obrigados a preparar refeição e aposentadoria para os seus respectivos senhores (e bispos, tratando-se de mosteiros) e sua comitiva sempre que eles se deslocavam à povoação.

 

A Quinta de Tibães, ou Quinta do Souto, é o mais importante elemento patrimonial da freguesia. Encontra-se no lugar do Souto, envolvido por um ambiente rural e muito próximo do Mosteiro Beneditino de Tibães. A casa foi construída em finais do século XVIII, embora tenha sofrido grande remodelação na centúria seguinte. De características barrocas, é um edifício de planta rectangular, composto por corpo principal de dois pisos.

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